A ONU (Organização das Nações Unidas) divulgou nesta quinta-feira nota defendendo o mecanismo utilizado pelo Enem --que permite a aplicação de provas diferentes com níveis de dificuldade semelhante.
A possibilidade da aplicação de uma segunda prova, para compensar os alunos que tiveram prejuízos no exame de sábado, é uma das questões analisadas pela Justiça para definir se mantém a suspensão do exame.
Há o temor de que, dependendo do nível da eventual segunda prova, os alunos sejam beneficiados ou prejudicados.
Segundo a nota da ONU no Brasil, a metodologia usada no Enem, chamada de Teoria de Resposta ao Item, permite "a elaboração de provas diferentes para o mesmo exame, que podem ser aplicadas em qualquer período do ano, com o mesmo grau de dificuldade".
O método prevê um banco com diversas perguntas fáceis, médias e difíceis. Assim, o sistema permite que se monte diversas provas com a mesma dificuldade --basta manter a distribuição de dificuldade das questões.
A ONU destacou que a metodologia é utilizada em outros exames internacionais, como o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), adotado por membros da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
A mesma avaliação tem o coordenador do vestibular do Insper (ex-Ibmec-SP), Tadeu da Ponte --a faculdade utiliza a TRI na seleção.
"Estatisticamente, o método permite que haja as mesmas condições em provas diferentes", diz. "Mas não é possível definir o impacto psicológico de ter de fazer uma segunda prova.
(FÁBIO TAKAHASHI)
Fonte: Folha de São Paulo
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