sábado, maio 05, 2012

Charlie le Cascade (Carlinhos Cachoeira), o financiador dos furos jornalísticos da revista Veja

Le sénateur Demostenes Torres, entouré de gardes de sécurité, à sa sortie d'une audition devant la commission d'enquête parlementaire, à Brasilia, le 12 avril.

UESLEI MARCELINO/REUTERS

Les Brésiliens assistent à un nouveau feuilleton mêlant corruption et politique

Le travail d'une commission d'enquête parlementaire pourrait peser sur Brasilia
C'est une affaire à donner le tournis, une version grinçante d'un Meccano façon poupées russes dont le gouvernement de la présidente Dilma Rousseff se serait bien passé. Depuis plus d'un mois, il ne s'écoule pas un jour au Brésil sans que les médias et plusieurs responsables politiques du pays dénoncent l'existence d'un réseau de corruption tentaculaire, aux multiples imbrications, impliquant élus locaux ou nationaux, policiers véreux, hommes d'affaires adeptes de pots-de-vin et magistrats aux méthodes douteuses.

L'incendie s'est allumé à la suite de l'arrestation, le 29 février, de Carlos Augusto Ramos, surnommé Carlinhos Cachoeira, " Charlie la cascade ", et patron des jeux illégaux dans l'Etat de Goias. L'homme est une vieille connaissance de la vie politique brésilienne. En 2004, il avait déjà été à l'origine du scandale dit du " mensalao ", qui avait ébranlé pendant plus d'un an le gouvernement et le Parti des travailleurs (PT) du président Luiz Inacio Lula da Silva. Il était alors apparu sur un enregistrement vidéo en train de négocier des commissions et versements occultes avec Waldomiro Diniz, un collaborateur du ministre José Dirceu, bras droit du chef de l'Etat à l'époque. M. Diniz fut limogé. M. Dirceu démissionna. Mais Cachoeira s'en est sorti sans être inquiété.

Aujourd'hui, il est rattrapé par une sombre histoire de machines à sous et de blanchiment d'argent. Une banale enquête qui a ouvert la boîte de Pandore, d'ores et déjà surnommée " Cachoeiragate ". Les enquêteurs ont rassemblés quelque 40 000 pages, plusieurs dizaines d'épais dossiers, plus de 11 000 heures d'enregistrements téléphoniques. Carlinhos Cachoeira y figure au coeur d'un système dans lequel seraient impliqués, selon les premières révélations, pas moins de trois sénateurs, cinq députés fédéraux, quatre entreprises publiques et privées. Plus de 80 collaborateurs de Cachoeira seraient directement visés par la justice. " Si tu ne paies pas tout le monde, - le système - ne marche pas ", aurait habilement résumé, lors d'un coup de fil, un de ses proches.

Créée le 19 avril, une commission d'enquête parlementaire (CPI) chargée spécialement de l'affaire vient de rendre public un premier calendrier des auditions. On évoque un total de 167 demandes de comparution. Un responsable éditorial du magazine conservateur Veja serait dans le collimateur. Carlinhos Cachoeira est attendu le 17 mai.

Demostenes Torres, sénateur de l'opposition réputé incorruptible, viendra s'expliquer deux semaines plus tard. Il est soupçonné d'avoir négocié des contrats de travaux publics en échange de rétrocommissions. Quelque 300 appels téléphoniques avec Cachoeira auraient été interceptés.

Le 29 mai viendra le tour de Claudio Dias de Abreu. Placé en détention, cet ancien responsable de la région du centre-ouest au sein de l'entreprise de construction Delta aurait directement négocié des marchés avec les élus locaux. Quelque neuf Etats seraient concernés.

L'homme aurait prévenu Cachoeira d'éventuelles opérations policières. D'après les révélations de la presse, ce dernier aurait reçu de Delta plusieurs virements douteux de 99 000 reals (39 300 euros) - à partir de 100 000 reals, un virement déclenche automatiquement une enquête du fisc brésilien.

Avec le groupe Delta, l'affaire prend une dimension nouvelle et surtout incontrôlable. Impliquée dans les travaux de rénovation pour la Coupe du monde de 2014, l'entreprise a signé des contrats à hauteur de 358 millions de reals avec Rio de Janeiro et 884,4 millions avec les autorités fédérales.

A la suite du scandale, elle vient de mettre un terme à son activité au stade mythique du Maracana, laissant seuls le géant Odebrecht et la société Andrade Gutierrez pour finir l'ouvrage. D'autres sites pourraient être concernés, ce qui augure de nouveaux retards dans les préparatifs du Mondial.

Aujourd'hui écarté de Delta, le président Fernando Cavendish pourrait être entendu à son tour par la CPI. L'homme, qui a dirigé pendant vingt-deux ans l'entreprise, est un proche de Sergio Cabral, le gouverneur de l'Etat de Rio de Janeiro et membre influent du Parti du mouvement démocratique brésilien (PMDB, centre), un des piliers de la coalition gouvernementale. Des photos montrant les deux hommes en voyage d'affaires à Paris ont été publiées, jeudi 3 mai, dans les principaux médias. Des clichés transmis par Anthony Garotinho, député de l'opposition et lui-même ancien gouverneur démis de ses fonctions en 2002 pour une histoire de corruption.

Alors que le gouvernement avait applaudi des deux mains la création de la CPI, avec même une intervention remarquée de Lula, il semble que Dilma Rousseff et ses alliés aient adopté un profil plus bas à l'égard de cette affaire.

Toujours au sommet des sondages, grâce notamment à sa fermeté affichée face aux ministres soupçonnés de corruption, la présidente pourrait voir d'un très mauvais oeil une enquête venir perturber un agenda politique chargé et menacer une coalition gouvernementale déjà bien fragile.
Nicolas Bourcier

quinta-feira, março 29, 2012

Morar na Suiça

Moradia é de fato um problema na Suíça. Em primeiro lugar, existe uma falta crônica de apartamentos e casas nas grandes cidades do país.

Outro desafio são os preços, elevados constantemente pela alta demanda. Porém não se desespere: a Internet é o melhor instrumento para se procurar um teto para morar.

A Suíça é um país de locatários e não de proprietário de imóveis. Segundo as estatísticas, quase 70% dos apartamentos e casas são alugados. Além disso, os aluguéis estão entre os mais elevados da Europa.

Com todas essas características, o desafio da moradia no país dos Alpes ainda é acrescido de um problema grave: a falta crônica de apartamentos e casas nas grandes cidades do país. Um exemplo é Zurique que, como publicou o jornal Tagesanzeiger, em junho de 2008 tinha apenas 57 apartamentos livres. As estatísticas gerais falam que aproximadamente 1,6% dos imóveis no país estão vagos. Isso dá a receita ideal para preços elevados: pouca oferta, alta demanda e leis muito flexíveis.

O estrangeiro que vem morar na Suíça é normalmente confrontado com sérias dificuldades. Primeiramente ele tem que competir no apertado mercado imobiliário com suíços, onde a maior oferta é de habitações caras. Finalmente, a grande parte das casas e apartamentos é locada pelas administradoras de imóveis, que são muito exigentes na escolha dos locatários.

Dicas

Porém com uma certa dose de paciência e bastante sorte é possível encontrar a moradia dos sonhos. Em todos os casos, existem algumas dicas "infalíveis" para melhorar as chances.

- Olhe com atenção nos quadros de anúncios gratuitos que existem nos supermercados da Suíça como Coop ou Migros. Também os pequenos clubes de bairro (os chamados "Träff") ou bibliotecas públicas oferecem espaço para anúncios gratuitos.

- Distribuir folhetos de procura nas caixas postais nos bairros que você gostaria de morar. As vezes alguém procura sucessores para alugar seus apartamentos ou casas.

- Enviar e-mails para colegas de trabalho, amigos, conhecidos e outros. No esquema formiguinha é possível chegar ao apartamento desejado. Alguém sempre ouviu falar que uma "casa dos sonhos" acaba de vagar...

- Colocar anúncios na Intranet da empresa. Se for uma firma grande, as chances são grandes de encontrar a moradia. Solidariedade entre colegas é importante na Suíça.

- Listas de espera nas "Baugenossenschaften", cooperativas de construção e locação de imóveis. Procure no Google por elas segundo a cidade desejada. Essa é uma alternativa empregada muito pelos nativos.

- Passeios de bicicleta. Aproveite para pedalar nos sábados e faça atenção a caminhões de mudanças, pequenos anúncios ou caixotes frente à casas ou apartamentos. Pergunte para as pessoas ou os vizinhos se o lugar está para vagar. Essa é uma boa forma.

Outras dicas são importantes para a procura bem sucedida de um apartamento ou casa na Suíça:

- O estrangeiro que procura uma casa ou apartamento aumenta suas chances com os propietários ou administradoras de imóveis se o formulário de candidatura ao imóvel seja acrescido de cópias de documentos importantes como: contrato de trabalho, visto de residência para a Suíça, contracheques ou comprovante de renda.

- Ajuda de um suíço que fale o dialeto local (no caso do alemão). Muitas vezes os proprietários preferem alugar seus imóveis a suíços do que a estrangeiros que não falam nem alemão ou francês.

- Entrar numa associação de locatários ("Mieterverein" em alemão e "Association Suisse de Locataires" em francês). Eles atuam na defesa dos direitos de locatários.

- Participar de fóruns de discussão como o "Fórum Brasil Suíça" ou comunidades como o Orkut, colocando anúncios e fazendo perguntas.

- Internet: de fato, a mais rápida e prática maneira de encontrar uma moradia na Suíça. Centenas de portais funcionam como bolsas de imóveis ou fornecem informações relevantes. Nesta página estão alguns destes links (e que podem ser clicados à direita).

Imóveis na Internet

Homegate: nesse site dá para procurar moradias que são exibidas até em fotos aéreas. O site também tem um serviço que envia para as ofertas por e-mail segundo um perfil pré-estalebecido pelo usuário.

Comparis: na minha opinião, o melhor site de todos. Ele busca ofertas em vários portais na Suíça, faz uma comparação de preços e dá até notas, dizendo se o locatário está fazendo uma boa escolha ou não.

Immoscout24: também um bom site, com um vasto número de ofertas. Imperdíveil...

Immoclick.ch: outro site que, apesar de estar escrito "beta" na sua página inicial, funciona direitinho.

Immostreet: portal com bastante ofertas de imóveis

Imóveis do Search.ch: um portal limpo, completo e bom para encontrar o apartamento que você procura.

Icasa: esse é um site de anúncios gratuitos, onde se encontra ofertas que não estão nos outros sites comerciais.

Wohnungen-immobilien: outro site cheio de anúncios interessantes. A vantagem é que ele é grátis, o que atrai bastante locadores e locatários.

Alle-immobilien.ch: esse site se autodenomina "o maior motor de procura de imóveis da Suíça". É só tentar...

Anzeiger: um motor de procura simples e prático, mas também com um grande número de ofertas.

Repúblicas, quartos para alugar e aluguel temporário

UMS - Untermietservice: quando a situação aperta, o negócio é apelar para aluguem temporário de apartamentos e casas mobiliadas. Nesse site, dá para encontrar boas ofertas. Quem for malando, ainda pode clicar na arvorezinha, que possibilita ver o objeto de cima, e descobrir o endereço. Então você só precisa ir direto para o local e procurar as pessoas que estão querendo alugar. Vantagem: você não paga as taxas de administração, que podem chegar até a um ou dois meses de aluguel.

wgzimmer.ch: e se o desespero for muito grande, meu amigo, então a solução é alugar um quartinho em uma república de estudantes. O site Wgzimmer.ch é o melhor deles. A vantagem é morar por um tempo com nativos, que podem dar boas dicas até para aprender a se virar na Suíça. Pague pouco e aproveite o tempo para vasculhar o mercado de imóveis na cidade de interesse.

students.ch: quartos para estudantes.

wg24.ch: quartos, apartamentos e casas.

wg-gesucht.de: página alemã com ofertas também para a Suíça e outros países europeus.

easyroommate.com: site comercial de procura e oferta.

swissinfo, Alexander Thoele
Fonte:
http://www.swissinfo.ch/por/guia_da_suica/moradia_trabalho/Moradia.html?cid=3233324

 

quinta-feira, fevereiro 09, 2012

AKAMAI: a empresa que "hospeda" a Internet mundial

Primórdios da Akamai se encontram em um desafio colocado pelo World Wide Web inventor Tim Berners-Lee no Massachusetts Institute of Technology (MIT) no início de 1995. O pai da Web previu o congestionamento que hoje é bastante familiar aos usuários de Internet, e ele desafiou seus colegas do MIT a inventar uma forma radicalmente nova e melhor para entregar conteúdo da Internet. O que ele provavelmente não esperava era que representam um problema tão acadêmico acabaria por resultar em um serviço que está revolucionando a Internet.

MIT Professor de Matemática Aplicada Tom Leighton, que tinha um escritório no corredor do Dr. Berners-Lee, ficou intrigado com o desafio.Dr. Leighton, um renomado especialista em algoritmos paralelos e arquitetura, atuou como chefe do Grupo de Algoritmos no Laboratório do MIT para Ciência da Computação desde a sua criação em 1996. Dr. Leighton reconheceu que uma solução para o congestionamento da Web pode ser encontrada em matemática aplicada e algoritmos. Ele solicitou a ajuda de um aluno, Danny Lewin, e vários outros pesquisadores de ponta, para resolver o problema.

Dr. Leighton e Mr. Lewin foram juntados por outros cientistas com experiência em ciência da computação e redes de dados para desenvolver os algoritmos matemáticos necessários para lidar com o roteamento dinâmico de conteúdo e resolver o que era, até então, um problema frustrante para os usuários da Internet.

Criar uma empresa
Esses cientistas de classe mundial desenvolveu um conjunto de algoritmos inovadores para roteamento inteligente e replicar o conteúdo em uma grande rede de servidores distribuídos - sem depender de servidores centralizados normalmente usados ​​pelos proprietários do Web site hoje. Jonathan Seelig, então inscritos no programa MIT Sloan MBA, ingressou na equipa fundadora, e eles começaram a construir o plano de negócios que levaria à criação da Akamai.

Em 1998, o grupo entrou no MIT estimado anual da Concorrência Empreendedorismo $ 50K, onde proposição de negócios da empresa foi selecionado como um dos seis finalistas entre 100 inscritos. A distinção sinalizou que a entrega de conteúdo da Internet tinha potencial de mercado sério. Akamai obteve uma licença exclusiva à propriedade intelectual certo do MIT, e os esforços de desenvolvimento começou no outono de 1998.

No final de 1998 e início de 1999, um grupo de profissionais experientes de Internet começaram a aderir a esta equipa fundadora. Mais notadamente, Paul Sagan, que era um ex-presidente da Time Inc. New Media, um dos fundadores da Estrada de serviços Runner modem por cabo e que ajudou a lançar NY 1 News, tornou-se diretor de operações e, eventualmente, presidente da Akamai Technologies. George Conrades, ex-presidente e diretor executivo da BBN Corp e vice-presidente sênior de operações nos EUA para a IBM, assumiu o cargo de diretor executivo, alguns meses depois.

Lançamento Serviço Comercial
Juntos, esses cientistas da computação e profissionais experientes da Internet fundada Akamai, uma empresa dedicada a acabar com a "World Wide Wait" através da entrega inteligente de conteúdo da Internet. A empresa lançou o serviço comercial em abril de 1999 e anunciou que uma das propriedades do mundo da Web mais traficadas, Yahoo!, era um cliente charter.





Adamai funciona em segundo plano , tornando o conteúdo da Internet e entrega comércio parece perfeita:

Akamai tem 73.000 servidores em 70 países dentro de cerca de 1.000 redes.
85% dos usuários de Internet no mundo estão dentro de um "pulo" único de um servidor Akamai.
Akamai pode entregar até 15-20% do tráfego da Web em um determinado dia.
Akamai proporciona o tráfego da Web diária maior do que um ISP Tier-1, às vezes chegando a mais de 2 terabits por segundo.

Akamai oferece centenas de bilhões de interações diárias Internet.

Akamai ajuda seguramente permitir mais de US $ 100 bilhões por ano e-commerce para seus clientes de varejo on-line (Fonte: receita em 2006 compilado pelo Internet Retailer revista)

Cathay Pacific Airways aumentou reservas on-line e adoção extranet, e salvou mais de $ 1.000.000 por ano, através do serviço da Akamai de aceleração de aplicativos da Web
As principais lojas de música online já venderam milhares de milhões de músicas ... e contando ... entregues através da plataforma Akamai



segunda-feira, janeiro 23, 2012

Os 11 princípios da propaganda nazista

Uma mentira cem vezes dita, torna-se verdade: J. GOEBBELS.

J. GOEBBELS era Ministro da Propaganda do III Reich, o estado alemão nazista chefiado por A. HITLER.
As atividades de J. GOEBBELS como propagandista do nazismo iniciaram-se em 1925, quando se tornou um dos editores do jornal Die Nationalsozialistischen Briefe ("A Carta Nacionalsocialista").

J. GOEBBELS, autor da celebre frase "uma mentira cem vezes dita, torna-se verdade", quando gauleiter em Berlim (espécie de chefe regional nazista), veio a ser o editor de Der Angriff ("O Ataque"), um jornal de propaganda nazista  através do qual conseguiu ampliar as bases do nazifascismo, tornando o movimento cada vez mais conhecido, difundindo as suas posições de forma agressiva.

O seu ódio ao judaísmo e ao comunismo foi expresso em incitação a toda violência e discriminação contra os mesmos, cuja propaganda nazista utilizou não só os recursos da imprensa, mas também das novas mídias, como o rádio e a televisão.

Os onze princípios da propaganda nazista de J. GOEBBELS, que passo a transcrever em seguida.

"Nestes dias de campanha eleitoral, convém recordar o decálogo que escreveu Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazi.

1)    Princípio de simplificação e do inimigo único. Adotar uma única idéia; um único símbolo; individualizar o adversário em um único inimigo.

2)    Princípio do método de contágio: Reunir os adversários em uma só categoria ou indivíduo. Os adversários tem de constituir-se em suma individualizada.

3)    Princípio da transposição. Atribuir ao adversário os próprios erros ou defeitos, respondendo o ataque com o ataque: “Se não podes negar as más notícias, inventa outras que as distraiam”.

4)    Princípio do exagero e desfiguração: Converter qualquer anedota, por pequena que seja, em ameaça grave.

   5) Princípio da vulgarização: “Toda propaganda deve ser popular, adotando seu nível ao menos      inteligente dos indivíduos, aos que se dirige. Quanto maior seja a massa a convencer menor há de ser o esforço mental a fazer. A capacidade de entendimento das massas é limitada e sua compreensão rara; além do mais tem grande facilidade para esquecer.”

     6) Principio de orquestração: “A propaganda deve limitar-se a um número pequeno de ideias e repetí-las incansavelmente, apresentando-as de diferentes perspectivas; mas sempre convergindo sobre o mesmo conceito. Sem ranhuras nem dúvidas”. Daquí vem também a famosa frase: “Se uma mentira se repete suficientemente, acaba por converter-se em verdade”.

     7) Principio de renovação: Emitir constantemente informações e argumentos novos a um ritmo tal que, quando o adversário responda, o público está já interessado em outra coisa. As respostas do adversário nunca devem poder contrariar o nível crescente de acusações.

     8) Principio da verossemelhança: Construir argumentos a partir de fontes diversas, através dos chamados balões de ensaios ou de informações fragmentadas.

     9) Principio do silêncio: Calar sobre as questões das quais não se tem argumentos e encobrir as noticias que favorecem o adversário; também contraprogramando com a ajuda de meios de comunicação afins.

   10) Principio da transfusão: Por regra, a propaganda opera sempre a partir de um substrato preexistente, seja uma mitología nacional ou um complexo de ódios e prejuízos tradicionais. Se trata de difundir argumentos que possam se nutrir em atitudes primitivas.

   11) Principio da unanimidade: Convencer muita gente que se pensa “como todo o mundo”, criando impressão de unanimidade.

É realmente assustador ver vigorando hoje em día este decálogo de propaganda nazi. E mais, o sistema político de mais de um país ser submetido por este famoso decálogo.

Podemos vê-lo diariamente em coisas como ETA e os nacionalismos centrífugos, ou na descarada campanha midiática antichavista ocorrida recentemente.

Tudo está preparado para que nos preocupemos mais em problemas aparentes, que uns poucos desejam que se convertam em nossa principal preocupação, em lugar de preocupar-nos por coisas que afetam a todos diretamente em muita maior medida.

Com isto também se consegue que nossos políticos recortem alegremente os direitos pelos quais tanto lutaram nossos pais e avós, enquanto os agradecemos com  efusivos aplausos.

Como dizía a rainha Amidala: “Assim morre a democracia, com um estrondoso aplauso.“

Eu, por minha parte, faz tempo que quando vejo algo nas noticias, de entrada penso que é falso (ou uma meia verdade) até que possa demostrar-se o contrário. Nossos periodistas tem demostrado em muitas ocasiões o pouco que lhes importa manipular e moldar a opinião pública, ao gosto dos poucos de sempre.

sexta-feira, janeiro 20, 2012

BLUE C.R.U.S.H. - Crime Reduction Utilizing Statistical History


Desde 2005 a operação BLUE C.R.U.S.H. tem reduzido o crime em áreas  onde a metodologia foi implementada. Os "pontos quentes" para crime foram identificados através de dados estatísticos que permitiram identificar as concentrações de atividade criminosa e direciionar melhor os recursos.









Conheça o BLUE C.R.U.S.H em
http://memphispolice.org/BLUE%20Crush.htm

quinta-feira, novembro 24, 2011

A geração digital não sabe navegar


Estudos recentes sugerem que os jovens não sabem pesquisar na internet. 

Como as escolas podem ajudá-los a explorar essa fonte de informação?




No início dos anos 1990, uma coleção de enciclopédias tinha o mesmo valor educacional que um microcomputador tem hoje em dia - eram ótimas ferramentas de pesquisa para os estudantes. Para quem tem menos de 20 anos, pode parecer incompreensível. Como uma coleção de livros de capa dura, grandes, pesados e difíceis de manusear, pode ser tão eficaz quanto os programas de busca da internet, que nos colocam a dois cliques de qualquer resposta? A geração que nasceu depois do surgimento da internet tem a sua disposição o maior volume de informação da história. Mas novos estudos sugerem que a intimidade dos jovens com o mundo digital não garante que eles sejam capazes de encontrar o que precisam na internet. 



Uma pesquisa da Universidade de Charleston, nos Estados Unidos, mostra que a geração digital não sabe pesquisar. Acostumados com a comodidade 'oferecida por mecanismos de busca como o Google, eles confiam demais na informação fácil oferecida por esses serviços. O estudo mostrou que os estudantes usam sempre os primeiros resultados que aparecem após uma busca, sem se importar com sua procedência. No estudo, os pesquisadores pediram a um grupo de universitários que respondesse a algumas perguntas com a ajuda da internet. Mas fizeram uma pegadinha: fontes de informação que não apareceriam no topo da lista de respostas do Google foram apresentadas propositalmente como primeira opção. Os estudantes nem notaram a troca: usaram as primeiras respostas acriticamente. Outro estudo,realizado pela Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, pedia que 102 adolescentes que estavam se formando no ensino médio buscassem termos diversos em sites de pesquisa on-line. Todos trouxeram os resultados, mas nenhum soube informar quais eram os sites usados para obter as respostas: se veio da internet, já estava bom. 



A conclusão dos cientistas é que os estudantes de hoje confiam demais nas máquinas. Em princípio, esse comportamento faz sentido, porque os sistemas de buscas oferecem conteúdos cada vez mais relevantes. Mas gera uma efeito colateral preocupante: a perda da capacidade crítica. "Precisamos ensinar os alunos a avaliar a credibilidade das fontes on-line antes de confiar nelas cegamente", diz Bing Pan, pesquisador da Universidade de Charleston. "As escolas deveriam ajudar os estudantes a julgar melhor as informações." · 



O cenário descrito pela pesquisa não é exclusivo dos estudantes americanos. O paulistano Leonardo Castro, de 15 anos, estudante do 1o. ano do ensino médio da escola Arquidiocesano, em São Paulo, diz que usa a internet para fazer 80% de seus trabalhos escolares. A fórmula se repete a cada trabalho: ele acessa o Goqgle, insere o tema da pesquisa, consulta dois ou três sites que tratam da mesma coisa e redige seu texto. "Dou preferência aos resultados que estão na primeira página': afirma. Ele tem algumas fontes que considera mais confiáveis, como o site Brasil Escola. Conta que os professores incentivam o uso da internet nas pesquisas e alguns sugerem sites específicos que os alunos deveriam visitar. Mas Leonardo só se preocupa com as fontes de informação na hora de relacionar as referências usadas na pesquisa - algo diferente de olhar criticamente a informação antes de usá-la no trabalho. 



A vestibulanda Clarice Araújo, de 18 anos, estuda no Imaculada Conceição, colégio tradicional de Belo Horizonte. Desde o 5o. ano do ensino fundamental, ela usa a internet como principal ferramenta para ajudar nas lições. Os buscadores também se tornaram aliados em sua preparação para o vestibular e para a última prova do Enem. Glarice acertou 90% das questões, uma boa marca para quem pretende cursar medicina na Universidade Federal de Minas Gerais. Segundo ela, a maioria dos professores do colégio incentiva o uso da internet e sugere os melhores sites para pesquisar. "Já tomei um puxão de orelha por ter me baseado em apenas um site", diz Clarice. "Sei que deveria verificar a origem das informações, mas; na maioria das vezes, uso só o bom-senso." Os professores contam que a maioria dos estudantes não faz nem isso. Eles simplesmente copiam (com algumas palavras trocadas) informações que aparecem nas primeiras respostas do Google. É uma maneira muito limitada d'e usar a rica fonte de informações que é a internet. O caminho para evitar isso é o mesmo que se requer em qualquer outra disciplina: orientação e acompanhamento. 



"O professor pode indicar alguns sites mais confiáveis para a pesquisa na hora de pedir um trabalho", diz Adilson Garcia, diretor da escola Vértice, de São Paulo. Só isso, porém, pode não ser suficiente para formar alunos capazes de pesquisar de maneira crítica, criativa e independente. Primeiro, é preciso lhes mostrar como funcionam os mecanismos de busca. Eles devem entender que critérios esses serviços usam para hierarquizar suas respostas. Sabendo como os buscadores operam, podem restringir as buscas e obter resultados mais precisos. Em segundo lugar, os estudantes têm de aprender a verificar a procedência da informação, analisando em que tipo de site ela está publicada e se é confiável. O Google não escolhe suas respostas com base na veracidade ou qualidade do conteúdo. Por fim, os estudantes devem ser incentivados a confrontar a mesma informação em diferentes sites, para perceber como a orientação de cada um pode resultar em abordagens diferentes. "É preciso transformar os alunos em críticos da informação": afirma a professora Maria Elisabeth Almeida, coordenadora do programa de pós-graduação em educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. "Esse não é um desafio apenas das escolas do Brasil. É um problema mundial."





Lição de casa para alunos e professores 


Como tirar o melhor da internet na hora de fazer ou orientar um trabalho de escola ou faculdade 


Para os alunos 

• Procure guias que ensinem a refinar as buscas na internet usando aspas e códigos para atalhos


• Prefira os sites que estão na primeira página. mas verifique sua procedência. Cuidado com sites parciais 

• Ao encontrar uma informação útil para você, navegue em outros sites confiáveis para saber se ela é correta 

• Crie sua biblioteca de sites confiáveis para pesquisas. Use a ferramenta "Favoritos" de seu navegador para isso 

• Faça anotações. Dá trabalho, más ajuda a organizar-os resultados da pesquisa e as informações relevantes 





Para os professores 

• Não tenha preconceito contra o uso do Google e da Wikipédia. Os alunos vão usar de qualquer maneira. Por isso, o melhor é orientá-los sobre como usar esses recursos de maneira correta 

• Pesquise alguns sites confiáveis para sugeri-los antes de propor o trabalho. Incentive também a busca livre 

• Ajude o aluno a diferenciar sites com conteúdo acadêmico isentos de interesses comerciais 

• Estimule o debate em sala de aula sobre o ato de fazer pesquisas. A troca de experiência entre alunos ensina muito 

• Exija que os trabalhos contenham a referência de onde as informações foram retiradas. Isso faz com que os alunos sejam mais exigentes cor:n suas fontes 




FONTE:
Revista Época, 14/11/2011



segunda-feira, novembro 21, 2011

Dicas para passar no vestibular e no ENEM


1 - Determine horário para estudar; flexibilize-o se sentir cansado;
2 - Faça provas antigas e simulados para aprender a controlar o tempo e conhecer o estilo das questões;
3 - Concentre-se nas disciplinas em que têm mais dificuldade ou nas que tenham mais peso para seu curso;
4 - Trace um plano de estudos; vale a pena olhar o programa trazido no manual do vestibular;
5 - Tire dúvidas com professores da escola ou com algum amigo que faça cursinho, se você não faz; Internet também é útil;
6 - Reserve ao menos um dia da semana para ver os amigos; conversar também é bom para saber o que "está acontecendo no mundo";
7 - Leia: jornal, revista, sites de Internet, gibis. Habilidades de leitura e conhecimentos de atualidade são exigidos por todos os vestibulares;
8 - Informe-se sobre a concorrência e a nota de corte para saber se está longe (ou perto) da aprovação;
9 - Mantenha tarefas e trabalhos escolares em dia, não adianta passar no vestibular e repetir de ano;
10 - Alimentação saudável, exercício físico e descanso são tão importantes quanto estudar;

quarta-feira, novembro 02, 2011

Psiquiatria vive crise por falta de provas


A psiquiatria está em crise porque falta comprovação biológica para seus conceitos. Essa é a opinião do neurobiólogo Eric Kandel, 81, ganhador do Prêmio Nobel de Medicina de 2000.
O cientista da Universidade Columbia, de Nova York, premiado por seus estudos com memória, desembarca nesta semana no Rio de Janeiro para participar do Congresso Brasileiro de Psiquiatria.

Em entrevista à Folha, Kandel condenou o uso de remédios como a ritalina (droga para tratar deficit de atenção) para melhorar a concentração de pessoas saudáveis.
Ele falou também sobre a validade da psicanálise, que pode cobrir lacunas da psiquiatria, caso adote padrões científicos mais rígidos. O pesquisador comentou também sobre sua nova invenção: um camundongo "esquizofrênico" para testar medicamentos.

Samuel Kubani -29.dez.2006/France Presse
O neurobiólogo Eric Kandel, que viaja ao Rio para participar do Congresso Brasileiro de Psiquiatria
O neurobiólogo Eric Kandel, que viaja ao Rio para participar do Congresso Brasileiro de Psiquiatria
*
Folha - Psiquiatras estão debatendo mudanças no manual de diagnósticos de transtornos mentais. Muitos acham que o livro não pode tentar ser muito objetivo. O que o sr. acha?

Eric Kandel - A preocupação com a objetividade foi introduzida há uns 20 anos quando houve uma tentativa de validar os critérios do manual para descrever transtornos. Isso foi extremamente importante para que diferentes psiquiatras pudessem dar o mesmo diagnóstico a um mesmo paciente.

O que é triste é que não houve muitos avanços desde então. Uma das razões para isso é que os psiquiatras não têm os chamados "marcadores biológicos" à disposição. Se você diagnostica diabetes ou hipertensão, pode usar medições objetivas, independentes. Não precisa se basear apenas naquilo que o paciente lhe conta. Nós, psiquiatras, ainda temos que recorrer à história do paciente.

O único grande avanço foi o trabalho de Helen Mayberg sobre depressão e a área chamada 25 do córtex cerebral. Ela descobriu que pessoas deprimidas tendem a ter hiperatividade nesta área. Quando os pacientes são tratados e os sintomas revertem, isso pode ser observado na área 25. Em pacientes para os quais drogas ou psicoterapia não haviam funcionado, ela descobriu que a estimulação cerebral [com sinais elétricos] poderia ter sucesso.
Mas, à exceção do trabalho de Mayberg, não temos outros exemplos.

Precisamos desesperadamente de bons marcadores biológicos. Sem isso, podemos publicar quantas edições quisermos do manual, que não chegaremos a lugar nenhum.

Algumas pesquisas pioneiras sugerem que vítimas de estresse pós-traumático poderiam se beneficiar de drogas que apaguem suas memórias ruins. Isso já foi feito em ratos. O que o sr. acha disso?

É assustador. Não gosto nem um pouco dessa idéia. Eu gosto da idéia de drogas que estimulem a memória. Se você tem problemas de memória, não há razões para não tomar algo para melhorar. Livrar-se de memórias é muito perigoso. Eu lido melhor com a idéia de que as pessoas tentem se acostumar com suas memórias. Há varios tipos de tratamento para essa dessensibilização. Acho OK tentarem se livrar da ansiedade associada à memória.
Acho aceitável também, que, em uma guerra, soldados tomem drogas betabloqueadoras para que não tenham uma reação excessivamente emocional com a experiência. Mas aniquilar memórias é uma coisa ruim. Você é quem você é por causa das memórias. O caráter das pessoas não deve ser submetido a cirurgias farmacológicas.

Houve progresso no entendimento dos mecanismos biológicos de algum outro transtorno psicológico?

Acho que houve no próprio caso do transtorno do estresse pós-traumático. Nós sabemos alguma coisa sobre a atividade da amígdala cerebral, que fica hiperativa nessas pessoas. Algumas pessoas estão desenvolvendo interessantes tratamentos de dessensibilização em conjunto com o uso de fármacos. É possível ver algum progresso nisso no futuro.
Isso é importante hoje, pois vivemos num momento em que há mais incidentes e mais vítimas entre soldados aqui nos EUA do que havia na Segunda Guerra Mundial. Por que o numero aumenta? Uma das razões pode ser a maior facilidade de se fazer diagnósticos, mas outra coisa é que, naquela época, havia um programa americano que enviava psiquiatras para servir nos campos de batalha. E eles estavam à disposição dos soldados quando estes precisavam. Isso pode ter feito diferença.

O sr. vei aqui para apresentar um camundongo geneticamente modificado que seu grupo criou para o estudo da esquizofrenia. A esquizofrenia afeta capacidades mentais humanas. Como é possível usar um camundongo para estudá-la?

A esquizofrenia tem três classes de sintomas. Há os "positivos" ilusões, alucinações e loucura, os "negativos" _reclusão, isolamento social e falta de motivação --e os "cognitivos"-- a dificuldade de organizar as ideias e trabalhar. É difícil criar um modelo para estudar os sintomas positivos em cobaias, mas podemos modelar os cognitivos e negativos.
Criamos um camundongo cujo corpo estriado [estrutura no núcleo do cérebro] produz em excesso uma proteína que os neurônios usam para captar o neurotransmissor dopamina. Essa é uma lesão genética que ocorre em parte dos pacientes com esquizofrenia e, funcionalmente, leva a uma característica compartilhada pela maioria dos esquizofrênicos. Nós obtivemos então camundongos que claramente têm problemas de memória de curto prazo e em funções cognitivas. Os mesmos roedores têm dificuldade de interação social e baixa motivação.

A falta motivação não é um sintoma mais característico da depressão do que da esquizofrenia?

É um sintoma compartilhado pelas duas doenças, mas é um aspecto muito importante da esquizofrenia. Nós encontramos um medicamento que supera essa deficiência e a restaura ao normal. Achamos que isso poderá ser útil para tratamentos de depressão também.

Quão longe essa droga está de chegar ao mercado?

Nós fizemos só os testes em camundongos. Estamos agora conversando com empresas farmacêuticas em busca de alguma que esteja interessada em experimentá-la em pessoas. Ainda é uma fase bem inicial.

O que o sr. acha de usar drogas, como a ritalina (receitada para deficit de atenção) para "turbinar" a inteligência, aumentando a concentração?

Não acho que seja boa ideia para pessoas saudáveis. Essas drogas devem ser prescritas para pessoas com problemas cognitivos. Não devem nunca ser vendidas sem receita. Não são vitaminas.

O sr. vem falar no Brasil, onde a psicanálise é relativamente bem aceita. Nos EUA, não é assim. Que papel o sr. vê para as ideias de Freud hoje?

Não vejo problema em ler Freud da mesma forma que lemos Nietzche, Dostoiévski ou Shakespeare --grandes pensadores que escreveram sobre a mente humana. Mas se você quer que a psicanálise seja uma terapia eficaz, é preciso ter estudos que mostrem resultado. É necessário explicar o que ocorre no cérebro. Isso seria e trabalhoso, mas é precisa ser feito.
O maior problema não é com Freud, mas com aqueles que o sucederam. Eles não desenvolveram uma tradição científica na psicanálise. O treinamento para psicanálise deveria mudar, de forma que uma parte das pessoas formadas se dedicasse exclusivamente à pesquisa.

Como será possível provar a eficácia da psicanálise em termos objetivos? Seria como comparar a eficácia de uma droga a um placebo?

Você conhece Aaron Beck? Ele era um psiquiatra da Universidade da Pensilvânia, uma pessoa incrível, que já estava interessado em testar as idéias de Freud 40 anos atrás. Freud afirmava que pessoas deprimidas têm uma grande carga de ira que se volta contra elas mesmas, de maneira inconsciente.

Ele ouvia então os relatos de sonhos dos pacientes --pois os sonhos são "a estrada de ouro" para se acessar o inconsciente-- e descobriu que esses pacientes não estavam mais irados que qualquer outra pessoa. Essas pessoas, porém, tinham uma distinção característica: elas se consideravam "perdedoras" na vida. Achavam que tinham falhado no casamento e no trabalho, que não eram bons pais etc.

Quando Beck tentou olhar para o que estava acontecendo, ele viu que muitos deles na verdade estavam se saindo bastante bem em suas vidas. Beck, então, apontou a discrepância entre como esses pacientes achavam que estavam se saindo e como eles realmente funcionavam na vida. Ele os ajudou a mudar a maneira de pensar e de funcionar, e isso foi possível com umas 20 sessões de terapia.

Ele escreveu então um livro com sua "receita", e outras pessoas seguiram seu método, com sucesso.

Depois disso Beck criou grupos para comparação: um grupo de pessoas que não recebiam nada além de medicamentos antidepressivos e um de pessoas que passaram por seu método, a terapia cognitivo-comportamental. Depois, comparou o desempenho de cada um com placebo.

Ele viu que em casos de depressão suave ou moderada, esse tipo de psicoterapia era tão bom quanto inibidores seletivos de recaptação de serotonina [principal classe de drogas antidepressivas]. Em casos de depressão severos a diferença não era tanta, mas o efeito da psicoterapia combinado com os medicamentos era melhor que o das pílulas sozinhas.
Isso foi um marco sobre como estudos podem avaliar os resultados da psicoterapia. É por isso hoje que o sistema de saúde britânico reembolsa gastos de pacientes de terapia cognitivo-comportamental, mas não os de outros tipos de psicoterapia.
É isso que precisa ser feito com a psicanálise. É preciso ter um grupo de controle, um grupo experimental, um placebo. É preciso comparar a psicanálise à terapia cognitivo comportamental.
Já existem algumas tentativas de se fazer isso hoje, e elas parecem encorajadoras. É possível imaginar que alguns pacientes precisem de uma abordagem que os ajude a olhar melhor para si próprios, algo que a terapia cognitivo-comportamental não faz. Ela é um tipo de terapia que não discute com você como sua mãe e seu pai te tratavam. Ela lida com o aqui e agora.
Em algumas circunstâncias, ela pode funcionar bem, mas em outras talvez seja preciso explorar melhor o passado da pessoa, onde a psicanálise ajudaria. É preciso descobrir quais são essas circunstâncias.

Não existe hoje uma aceitação maior de que a mente descrita por Freud possui estruturas correlatas no cérebro, como o id, o ego e o superego?
Sim. O córtex pré-frontal está muito relacionado à moralidade e ao julgamento de valores, por exemplo. Uma lesão nessa região do cérebro pode tornar uma pessoa amoral, um psicopata.
Mas acima disso, a ideia geral de Freud sobre processos mentais inconscientes é muito importante para nossas vidas. Boa parte de nossa atividade mental é inconsciente. Isso acabou se mostrando uma verdade universal.

Por que os EUA não se encorajaram com as idéias de Freud?
Há muitas razões. A principal delas é que psicanálise é absurdamente cara e leva muito tempo. Hoje, todos nós temos menos tempo do que dispúnhamos duas décadas atrás. Isso é verdade para acadêmicos, para homens de negócios e para pessoas que poderiam pagar pela psicanálise.
Um outro problema é que, nos círculos médicos, a psicanálise havia prometido algo que não poderia cumprir.
Greta Bibring, uma charmosa vienense discípula de Freud, foi chefe do departamento de psiquiatria na Escola Médica de Harvard entre as décadas de 1950 e 1960. Ela era muito admirada lá e convenceu as pessoas de que a psicanálise iria solucionar todos os problemas que a medicina não conseguia resolver naqueles dias.
Isso foi antes de existirem tratamentos eficientes para hipertensão, por exemplo, e outros tipos de problema que só vieram a ser mais bem compreendidas depois. A promessa de Bibring é que várias dessas doenças eram psicossomáticas e poderiam ser resolvidas com psicanálise.
Quando ficou claro que nenhuma dessas doenças reagia à psicanálise, houve uma grande decepção, e isso desencorajou muitos médicos acadêmicos que antes apoiavam Freud. Foi uma grande perda.
Depois disso veio a pressão do dinheiro, a pressão do tempo, vieram as psicoterapias de curto prazo e as vieram as drogas psiquiátricas _Prozac e companhia limitada. As pessoas começaram buscar a saúde mental de outras maneiras.

O sr. passou também passou a infância em Viena, quando Freud ainda vivia lá, e também teve de fugir do nazismo. Isso o influenciou em sua maior aceitação à psicanálise?
Isso teve efeitos positivos e negativos em mim. De um lado, parte de minha vida era superar o transtorno do estresse pós-traumático, porque foi uma experiência terrível. Mas eu fui influenciado pela cultura de Viena, tinha muitos amigos cujos pais eram psicanalistas, e tinha interesse nisso. Só desisti da psicanálise quando me apaixonei pela neurobiologia.
Eu deixei Viena aos nove anos com meu irmão de catorze. Nós cruzamos o Atlântico depois, cada um de nós sozinho. Talvez eu estivesse aterrorizado, mas não me lembro muito bem disso. Meus pais vieram para cá alguns meses depois. Houve um estranhamento. Eu era um forasteiro aqui nos EUA, usava roupas europeias não falava inglês, não tinha dinheiro...
Mas acho que a origem do meu interesse em transtorno pós-traumático é diferente. Eu me interessava por psicanálise e me interessei pelos mecanismos de armazenamento de memória porque é um assunto central da psicanálise.
Acabo de finalizar meu novo livro "The Age of Insight", que tenta combinar neurociência e arte, do século 19 até aqui. Está previsto para sair em março. É uma tentativa minha de passar isso a limpo.


SOURCE:
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1000351-psiquiatria-vive-crise-por-falta-de-provas-cientificas-diz-nobel.shtml

segunda-feira, outubro 31, 2011

Teoria da resposta ao item


A Teoria da Resposta ao Item, muitas vezes abreviada apenas por TRI, é uma modelagem estatística utilizada em medidas psicométricas, principalmente na área de avaliação de habilidades e conhecimentos.

Índice

Aplicação

A aplicação mais freqüente da Teoria da Resposta ao Item são as avaliações de habilidades e conhecimentos em Testes de Múltipla escolha. A Teoria da Resposta ao Item, contudo, pode abranger também testes dissertativos além de poder abarcar várias outras áreas onde se deseja obter uma medida indireta de alguma característica, por exemplo: estimar a altura de uma pessoa através de um questionário com perguntas indiretas como "Você costuma abaixar a cabeça ao passar por uma porta?" onde sabemos que as respostas "sim" e "não" estão correlacionadas com a característica a ser medida indiretamente, no caso a altura da pessoa. Outras áreas proeminentes para a aplicação da Teoria da Resposta ao Item são os Testes Psicológicos e questionários em geral, com destaque para questionários que meçam o nível sócio-econômico dos pesquisados.
A Teoria da Resposta ao Item é utilizada em avaliações de vários países, onde os programas de avaliação mais conhecidos são o NAEP[1] nos Estados Unidos da América, o ETS[2] nos Estados Unidos da América, o GMAT[3] nos Estados Unidos da América, o CITO[4] na Holanda e vários outros. No Brasil o principal programa de avaliação que utiliza a Teoria da Resposta ao Item é o SAEB, que desde sua criação em 1995 a utiliza para estimar as habilidades e conhecimentos dos alunos do Ensino Básico e Médio das escolas públicas brasileiras através de amostragem do universo desses alunos. A partir de 2005 esta avaliação busca avaliar de forma censitária toda a rede pública do país. O novo Enem, reformulado a partir de 2009, também faz uso da TRI, de forma a garantir a comparabilidade das notas entre diferentes edições. Esta foi a aplicação de maior impacto na divulgação da Teoria da Resposta ao Item.

História

A Teoria da Resposta ao Item surgiu a partir de discussões teóricas sobre a viabilidade de se comparar as habilidades e os conhecimentos de examinandos submetidos a provas diferentes. A Teoria Clássica dos Testes, principal teoria estatística para medida dessas características na época, via-se diante de enormes dificuldades para comparar as habilidades e os conhecimentos de examinandos submetidos a provas diferentes. Nesse sentido, em 1950, Gulliksen, H definiu, no âmbito da Teoria Clássica dos Testes que duas provas podem ser consideradas formas paralelas quando, após a conversão para a mesma escala, suas médias, desvios padrão de acertos bem como demais correlações do número de acertos com todo e qualquer outro critério fossem iguais. Em 1971, ainda no âmbito da Teoria Clássica dos Testes, Angoff, W delimita a equivalência de provas ao apresentar as seguintes exigências:
  • As provas devem medir a mesma característica ou habilidade;
  • A equivalência estabelecida deve ser independente dos dados em particular utilizados para estabelecer esse princípio e deve ser aplicável em todas as situações parecidas;
  • Os escores de duas provas, uma vez estabelecida sua equivalência, devem ser substituíveis entre si, e;
  • A equivalência deve ser simétrica, ou seja, não deve fazer distinção entre a prova particular escolhida como base de referência.
Ainda no âmbito da Teoria Clássica dos Testes, em 1977, Lord, F M estende as considerações levantadas por Angoff. A noção de escores substituíveis ganha nova dimensão com a introdução do conceito de equidade: Os escores transformados y* e observados x podem ser considerados "equivalentes" quando houver indiferença se um examinando responder a prova X ou Y. De acordo com esse princípio:
  • Torna-se inviável a tentativa de se estabelecer a equivalência entre provas que medem diferentes características ou habilidades (consistente com a primeira restrição de Angoff);
  • A equivalência de escores com margens de erro desiguais não pode ser estabelecida (consistente com os escores substituíveis de Angoff);
  • Não se pode estabelecer a equivalência de provas que refletem diferentes níveis de dificuldades.
Segundo Lord, se as provas X e Y têm dificuldades diferentes, a relação entre seus escores verdadeiros é necessariamente não linear devido aos efeitos de piso e de teto. Se duas provas têm uma relação não linear é implausível que elas sejam igualmente fidedignas em todos os grupos de examinandos. Isso leva à conclusão incômoda de que, a rigor, não se pode tornar equivalentes os escores observados em provas de dificuldades diferentes. Todo esse panorama levou Lord a defender as vantagens teóricas dos modelos da teoria da resposta ao item em procedimentos que estabelecem a equivalência dos resultados de provas.

Fundamentos

A Teoria da Resposta ao Item trata o problema da estimação da habilidade e conhecimento de um examinando de forma essencialmente diferente: o enfoque das análises desvincula-se das provas (Teoria Clássica dos Testes) e concentra-se nos Itens; se na Teoria Clássica dos Testes as estatísticas dos itens dependem da população dos examinandos e da prova à qual os itens pertencem, na Teoria da Resposta ao Item cria-se o conceito de que os parâmetros dos itens, obtidos no processo estatístico de "calibração" dos parâmetros de dificuldade, discriminação e acerto casual dos itens (Valle, R) são características próprias dos mesmos. Costuma-se considerar que a característica de medição dos Itens, representados por seus parâmetros, são invariantes no tempo com algumas ressalvas, por exemplo: um item que aborde o conhecimento sobre eclipses solares e lunares estará sujeito a variações de suas características de medição conforme o modismo, sobretudo quando um eclipse ocorre; em casos como esse, a invariância dos parâmetros do item no tempo não deve ser considerada como verdadeira. Consideradas as ponderações anteriores, uma característica fundamental para a viabilidade de comparação da habilidade e conhecimento de examinandos submetidos a provas diferentes é que a Teoria da Resposta ao Item modela a probabilidade de acerto a um item, também conhecida como Curva Característica do Item, através de uma função não linear do conhecimento dos examinandos. Essa característica da modelagem da Teoria da Resposta ao Item é de grande importância pois, desse modo, é possível comparar o conhecimento dos examinandos submetidos a provas diferentes sendo necessário apenas que as provas meçam as mesmas características; essa propriedade é essencialmente útil para sistemas de avaliações onde é possível submeter uma grande quantidade de tópicos de uma matéria em sala de aula (útil para se ter um painel geral sobre o ensino de vários tópicos) com os alunos respondendo apenas um conjunto pequeno dos itens utilizados na avaliação (útil para não tornar as provas excessivamente extensas). Uma boa referência sobre o assunto é Andrade, D.F, Tavares, H.R. & Valle, R.C. (2000).

Modelagem Estatística

A modelagem mais moderna para a Teoria da Resposta ao Item utiliza a Estatística Bayesiana. Nessa modelagem, a probabilidade de acerto de um item é condicionada à habilidade e conhecimento do examinando. A curva que modela a probabilidade de acerto de um item é uma função crescente na ordenada da habilidade e conhecimento; o gráfico que tem a probabilidade condicional de acerto de um item na ordenada e a habilidade e conhecimento na abscissa é conhecido como Curva Característica do Item.
Curva Característica do Item - Teoria da Resposta ao Item
Na abordagem bayesiana da Teoria da Resposta ao Item costuma-se representar a habilidade e conhecimento por uma variável aleatória simbolizada pela letra grega θ; a variável aleatória que representa o acerto ou erro de um item ´s simbolizada pela letra X; o resultado (acerto ou erro) de um item respondido é representado por X = x, onde X = 1 normalmente representa o acerto do item e X = 0 representa o erro. O gráfico da Curva Característica do Item acima é portanto um gráfico que associa a probabilidade de acerto P(X = 1 | θ) em função de θ. Adicionalmente costuma-se utilizar o índice i para indicar um examinando específico (θi representa a habilidade e conhecimento do examinando i) e o índice j para indicar um item específico (Xj representa os possíveis resultados do item j e Xij = xij representa a resposta do examinando i ao item j).
Existe uma gama extensa de modelos da Teoria da Resposta ao Item: os modelos mais complexos podem considerar uma multidimencionalidade da habilidade e conhecimento onde a variável teta que a representa é um vetor multidimencional θ = (θ12,...,θk) como também considerar a abordagem de créditos parciais para acomodar itens com estágios hierárquicos de desenvolvimento, por exemplo: primeiro estágio se nada está correto na resolução do item (Xj = 0j). segundo estágio se o item foi corretamente esquematizou o problema corretamente (Xj = 1j); terceiro estágio se o desenvolvimento do raciocínio está correto (Xj = 2j) e; quarto estágio se o item foi respondido corretamente na íntegra (Xj = 3j). O modelo de créditos parciais, embora pouco utilizado, é adequado para questões discursivas.
O modelo mais simples e usual da Teoria da Resposta ao Item considera itens dicotômicos (onde os possíveis resultados são acerto ou erro) e uma função logística para modelar a Curva Característica do Item:
P(X_j = 1 | {\theta}) = c_j + {{1 - c_j} \over {1 + e^{-D \cdot a_j \cdot ({\theta} - b_j)}}}
Na modelagem bayesiana da Teoria da Resposta ao Item, conforme citado no início, diz-se que as respostas Xi = (xi1,xi2,xi3,...xiJ) onde J é o número de itens respondidos pelo examinando i estão correlacionadas através da habilidade e conhecimento θi do examinando. Se θi fosse conhecido, as respostas xi1,xi2,xi3,...xiJ seriam independentes estatisticamente. Essa abordagem costuma suscitar algumas confusões pois para o cálculo da verossimilhança utilizaremos o fato de que Xi1 | θXi2 | θ, ..., XiJ | θ são independentes estatisticamente, ao passo que Xi1Xi2, ..., XiJ são estatisticamente dependentes. Essa propriedade é conhecida comoindependência condicional e pode ser estudada em mais detalhes em artigo de De Finetti, B; por ora consideremos que se soubéssemos o verdadeiro valor da habilidade e conhecimento de um examinando as suas respostas a um conjunto de itens seriam estatisticamente independentes pois já saberíamos sua habilidade. Dessa forma, submetê-lo a um conjunto de itens seria inútil: os acertos e erros aos itens seriam meramente aleatórios. Para que a Teoria da Resposta ao Item seja aplicável é necessário pressupor que a habilidade e conhecimento de um examimando seja conhecido através de uma incerteza, representada por uma distribuição de probabilidade, e que os acertos e erros de um examinando numa prova revelem informações sobre seus conhecimentos e habilidades.
Considerando a propriedade da independência condicional dos acertos e erros dos itens respondidos por um examinando, a verossimilhança gerada pelas respostas de um examinando é dada por:
L({\theta} | X_i = x_i) = \prod_{j=1}^{J} {P(X_{ij} = x_{ij} | {\theta})}
Após o examinando responder um conjunto de itens a estimativa da habilidade e conhecimento pode ser facilmente calculada através do Operador de Bayes:
P({\theta}_i | X_i = x_i) = {{L({\theta} | X_i = x_i) \cdot P({\theta}_i)} \over {\int {L({\theta} | X_i = x_i) \cdot P({\theta}_i) \cdot dP({\theta_i})}}}
Onde Pi) é a distribuição de probabilidade a priori para a habilidade e conhecimento do examinando i, :L(θ | Xi = xi) é a verossimilhança gerada pelas respostas aos itens e Pi | Xi = xi) é a distribuição de probabilidade a posteriori para o mesmo examinando ao responder os itens Xi = (xi1,xi2,...,xiJ).

Bibliografia

  • Andrade, D. F., Tavares, H. R., Valle, R. C.(2000). Teoria da Resposta ao Item. Conceitos e Aplicações. Associação Brasileira de Estatística: São Paulo.
  • Andrade, D., Valle, R. (1998). Introdução à Teoria da Resposta ao Item. Estudos em Avaliação Educacional. São Paulo: Fundação Carlos Chagas, 18, 13-32.
  • Angoff, W. (1971). Scales, Norms, and Equivalent Scores. In R. L. Thorndike (Ed.), Educational Measurement (2nd. ed.), Washington, D.C.: American Council on Education.
  • Gulliksen, H (1950). Theory of Mental Tests. New York: Wiley.
  • De Finetti, B. (1931). Funzione caratteristica di un fenomeno aleatorio. Atti della R. Accademia Nazionale dei Lincei, Serie 6. Memorie, Classe di Scienze Fisiche, Mathematice e Naturale, 4:251–299.
  • Fletcher, P (1995). Procedimentos para Estabelecer a Equivalência de Provas com Modelos da Resposta ao Item. Ensaio. Rio de Janeiro. v. 3, n. 6, p. 41-54.
  • Lord, F M.. (1977). Pratical Applications of Item Response Theory to Pratical Testing Problems. Hillsdale, New Jersey: Lawrence Erlbaum.
  • Lord, F M., & Novick, M R, (1968). Statistical Theories of Mental Test Scores. Reading Mass: Addison-Wesley.
  • Klein, R. (2003). Utilização da Resposta ao Item no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB). Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação. Rio de Janeiro, 11, 40, 283-96.
  • Mislevy, J., Bock, D (1990). BILOG 3: Item Analysis and Test Scoring with Binary Logistic Models. Chicago: Scientific Software Inc.
  • Tavares, H. R. (2001). Teoria da Resposta ao Item para Dados Longitudinais. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.
  • Valle, R. (2000). Teoria da Resposta ao Item. Estudos em Avaliação Educacional. São Paulo: Fundação Carlos Chagas, 21, 7-91.
  • Valle, R. (2001). Construção e Interpretação de Escalas de Conhecimento: um Estudo de Caso. Estudos em Avaliação Educacional. São Paulo: Fundação Carlos Chagas, 23, 71-92.

Referências

Ver também