segunda-feira, setembro 25, 2006

Procurador beneficia PSDB no "dossiê Serra"

Em matéria divulgada nesta segunda no site do PT, o partido levanta suspeitas sobre a atuação do procurador do Ministério Público Federal em Cuiabá (MT), Mário Lúcio Avelar, na investigação sobre a máfia dos sanguessugas e sobre a compra de um suposto dossiê contra candidatos tucanos. Segundo a matéria publicada, o procurador estaria agindo a favor do PSDB e contra "o PT e o governo Lula".

Segundo a matéria, a "história de Avelar ajuda a explicar seu comportamento". O PT afirma que o procurador atuou, em 2002, na investigação do dinheiro encontrado na sede de uma empresa da qual era sócia a senadora Roseana Sarney (PFL), na época candidata à Presidência. Para o partido, a candidatura de Roseana foi "implodida" porque ela ameaçava ir para o segundo turno no lugar do tucano José Serra, que também disputava o cargo.

Avelar teria atuado ainda no caso Waldomiro Diniz. Segundo a matéria publicada no site, a fita que mostra a negociação é de 2002, "mas só veio a público em 2004, quando Waldomiro trabalhava em Brasília como assessor parlamentar da Casa Civil". O PT afirma também que Avelar sofreu uma sindicância interna na Procuradoria-Geral da República por suspeita de obter provas de maneira ilícita nesta investigação.

A matéria afirma ainda que o procurador pediu a prisão preventiva de Freud Godoy, ex-assessor da Presidência da República, e comunicou o fato à imprensa. Freud, acusado de participação no "dossiê Serra", já havia deposto na Polícia Federal espontaneamente. Segundo o PT, o juiz que negou o pedido de prisão disse que era "no mínimo estranho e contraproducente" que ele fosse divulgado antes de sua análise pelo juízo.

O partido acusa ainda o procurador de der declarado à imprensa que os depoimentos dos envolvidos no caso "foram combinados" e que a atuação da PF tem sido lenta.

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