EDITORIAIS
Os resultados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), divulgados agora pelo Ministério da Educação (MEC), colocam o Rio Grande do Sul em primeiro lugar entre os Estados com maior número de cursos universitários com conceitos 4 e 5, numa escala de 1 a 5. O desempenho gaúcho merece ser comemorado, mas não é suficiente para atenuar a preocupação com outro aspecto revelado pela pesquisa, evidenciado em âmbito nacional: a precariedade, de maneira geral, da formação de professores, encarregados da formação básica dos brasileiros. A avaliação confirma, assim, a importância de mais investimentos nos cursos destinados à formação de educadores e dos mecanismos de avaliação que vêm sendo implantados por alguns Estados, incluindo o Rio Grande do Sul.
O exame do MEC revela que na área de Pedagogia, uma das 23 avaliadas, um em cada quatro futuros profissionais do país se forma em cursos de má qualidade – os avaliados com conceito 1 e 2. E o mais preocupante é que a deterioração da qualidade do curso, responsável pela formação de professores, coordenadores e diretores de escolas, vem aumentando. De 2005 até agora, o percentual de faculdades de mau desempenho nesta área, em âmbito nacional, aumentou de 28,8% para 30,1%. O país precisa deter de imediato essa deterioração crescente e qualificar as alternativas já existentes de formação, evitando a perpetuação dos prejuízos para as futuras gerações.
A particularidade de as causas do problema serem múltiplas faz com que a solução não possa ser encarada como fácil. Investimentos na melhoria da qualidade da formação e intensificação dos mecanismos de avaliação dos profissionais, como os em andamento no governo federal e no estadual, estão entre as providências obrigatórias.
Nem o Rio Grande do Sul, nem o Brasil podem se conformar com o círculo vicioso mantido por características como a de que os jovens optam por Pedagogia pelo fato de ser mais fácil passar no vestibular e que o curso é ruim porque os alunos são pouco exigentes. Educação de qualidade, como a que o Estado e o país precisam, exige antes de mais nada professores bem formados e alunos realmente interessados em seguir a carreira.
Fonte: ZERO HORA
O exame do MEC revela que na área de Pedagogia, uma das 23 avaliadas, um em cada quatro futuros profissionais do país se forma em cursos de má qualidade – os avaliados com conceito 1 e 2. E o mais preocupante é que a deterioração da qualidade do curso, responsável pela formação de professores, coordenadores e diretores de escolas, vem aumentando. De 2005 até agora, o percentual de faculdades de mau desempenho nesta área, em âmbito nacional, aumentou de 28,8% para 30,1%. O país precisa deter de imediato essa deterioração crescente e qualificar as alternativas já existentes de formação, evitando a perpetuação dos prejuízos para as futuras gerações.
A particularidade de as causas do problema serem múltiplas faz com que a solução não possa ser encarada como fácil. Investimentos na melhoria da qualidade da formação e intensificação dos mecanismos de avaliação dos profissionais, como os em andamento no governo federal e no estadual, estão entre as providências obrigatórias.
Nem o Rio Grande do Sul, nem o Brasil podem se conformar com o círculo vicioso mantido por características como a de que os jovens optam por Pedagogia pelo fato de ser mais fácil passar no vestibular e que o curso é ruim porque os alunos são pouco exigentes. Educação de qualidade, como a que o Estado e o país precisam, exige antes de mais nada professores bem formados e alunos realmente interessados em seguir a carreira.
Fonte: ZERO HORA
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